Prof. Marcio Carneiro

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terça-feira, 6 de setembro de 2011

Antecedentes

Antes de falar acerca dos primeiros artistas que deram inicio a esta caminhada para o renascimento cultural, devemos levantar em consideração alguns fatos importantes. Primeiro, como fora visto, as cidades italianas foram as precursoras e difusoras do renascimento, mas para que isso viesse acontecer muito teve que ocorrer. Antes das cidades começarem a se revigorar no século XIII, os séculos XI e XII foram marcados pelas cruzadas, por mas que tenham sido malfadadas em sua missão principal que era reconquistar a Terra Santa das mãos dos muçulmanos, as nove cruzadas e os vários anos de guerra, gerou riqueza e miséria para alguns, todavia, alguns territórios acabaram de fato sendo conquistados pelo cruzados, e isso permitiu que portos antes não acessíveis para os mercadores cristãos, agora lhes fosse acessíveis.
O comércio a partir do das primeiras décadas do século XIII voltou a fluir cada vez mais nos principais portos da Itália, e logo fora se estendendo para outras nações de forma mais lenta. As cidades de Florença, Siena, Veneza, Gênovacomeçaram a se destacar nesta época. Mas, nem tudo era uma paz duradoura. O historiador francês Fernand Braudel, demonstra em seus trabalhos, que a Itália vivenciou períodos de paz e prosperidade, e períodos de guerra e decadência, entre dos séculos XIV ao XVI. Será neste palco turbulento queMaquiavel escrevera o seu famoso O Príncipe, e será em meio as guerras, que Leonardo da Vinci se notabilizará por seu trabalho como engenheiro militar.
Se por um lado a guerra e a paz marcou as diretrizes destas cidades pelos séculos seguintes, no setor econômico, militar, politico e financeiro, a influência para as artes veio de uma reforma realizada no setor educacional e se assim posso chamar, no campo da tradução, e no direito. O século XII, marca uma renovação no campo das letras, algo que ainda ficou restrito ao clero e a poucos nobres, em geral da nobreza aos pobres, grande parte da população européia era analfabeta. Todavia, houve uma crescente fundação de novas escolas (apenas os nobres e abastados podiam estudar nestas escolas), houve uma revigoração nas leis, passou-se a se utilizar cada vez mais os preceitos legislativos, executivos e judiciários do direito romano, até então o direito romano já era utilizado, mas este dividia espaço com o direito canônico que ainda permaneceria e o direito comum, ou seja, o direito referente a cada povo. A utilização do direito romano e a ampliação de sua abrangência contribuiu para acertar brechas nas leis, e problemas legais, já que cada povo queria ser julgado por suas próprias leis, e neste caso, na Europa medieval o poder e a legislação eram bem fragmentados. Mas, outro ponto interessante que vem deste fator e a importância dada aos políticos, a história e até mesmo a literatura romana, fatores que seriam resgatados mais tarde.
No campo da tradução, o acesso aos documentos árabes, conquistados na Península Ibérica ao longo da Reconquista e nas Cruzadas, ajudou a introduzir novos conhecimentos nos campos da ciências, literatura, filosofia e politica. Os árabes eram exímios compiladores, e copiaram muitos dos textos da Antiguidade, como dos gregos, romanos, egípcios, hebreus, persas etc. O conhecimento adquirido por estes passou as ser "compartilhado" com o Ocidente.
Nas artes o estilo gótico predominaria no setor sacro, seja na arquitetura, pintura, iluminura, escultura etc. O gótico seria bem vísivel nas grandiosas e complexas catedrais medievais. Sua aceitação no gosto eclesiástico, e popular, barrou a expansão da arte renascentista em alguns locais.

Fachada da Catedral de Notre Dame de Paris, exemplo de construção no estilo gótico

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