Prof. Marcio Carneiro

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terça-feira, 17 de janeiro de 2012

HISTÓRIA DA ARTE ABSTRATA

ABSTRACIONISMO

Arte Abstrata é uma forma de arte que não busca nem demonstra o mundo que está ao nosso redor. São obras que não representam objetos reconhecidos. A arte abstrata refere-se especialmente às formas de arte do século XX, quando a ideia da arte como imitação da natureza foi abandonada...
Entre os pioneiros da arte abstrata estão Mondrian e Malevich, entre outros.

1866-1944 — Wassily Kandinsky
1879-1953 — Francis Picabia
1881-1939 — Albert Gleizes
1881-1955 — Fernand Léger
1883-1956 — Jean Metzinger (Cubista)
1888-1964 — Roger Bissière
1891-1976 — Max Ernst
1896-19?? — Honoré Marius Bérard
1896-1987 — André Masson
1897-1981 — Roger Chastel
1911-1993 — Alfred Manessier

Veja Girafa em brinquedo de Joaquín Torres García...

Wassily Kandinsky (1866-1944)

Kandinsky tirou da arte a sua obrigatoriedade de representação da realidade, inaugurando o ciclo abstracionista com sua primeira aquarela abstrata (1910). Alguns artistas já haviam feito experimentos com a dissolução de imagens, mas Kandinsky foi o mais consistente e lógico na busca de um modo de expressão não figurativa...
Nasceu em 1866, em Moscou, na Rússia. Sua primeira vontade foi ser músico. Entretanto, formou-se em direito e economia política na Universidade de Moscou. Aos 30 anos, encantado com um quadro de Monet, abandonou a carreira jurídica. Em 1900, em Munique, formou-se pela Academia Real.
Seus primeiros trabalhos exprimiam a musicalidade e o folclore russo, aliás, na obra do pintor há muitas referências ao folclore russo. Em Paris, onde viveu por um ano, Kandinsky entusiasmou-se pelas artes aplicadas e gráficas, bem como pelo estilo de pintura dos fauvistas.
O quadro “O Cavaleiro Azul (1903)”, o cavaleiro é um personagem dos contos de fada com o qual Kandinsky teve contato em sua infância, representa o virtuoso combate do bem e do mal, simbolizando luta e renovação. Esta é uma imagem reincidente da fase figurativa do artista.
Em 1908, voltou a Munique. Publicou o ensaio “Do Espiritual na Arte”, em 1911, onde tratou a manifestação artística como expressão de uma necessidade interior.
Em 1912, publicou o almanaque “Der Blaue Reiter” (O Cavaleiro Azul), nome de um quadro e do primeiro grupo expressionista, cuja vertente é mais lírica do que dramática, em relação ao grupo expressionista Die Brücke.
Voltou à Russia durante a Primeira Guerra, onde permaneceu até 1921. Acompanhou a Revolução Socialista e como membro do Comissariado para a Cultura Popular fundou vários museus.
Reorganizou a Academia de Belas Artes de Moscou. Foi também professor da Bauhaus a partir de 1922. Escreveu Ponto e Linha sobre o Plano onde reflete sobre os elementos da linguagem plástica e suas correlações, colocando os problemas da abstração.
Tornou-se cidadão alemão em 1928. Em 1933, a Bauhaus foi fechada pelos nazistas e, em 1937, seus quadros foram confiscados. Em 1939, fugiu para a França, onde naturalizou-se. Morreu em Neuilly-sur-Seine, na França em 1944.
A partir da II Guerra Mundial, Kandinsky passou a dividir seus quadros em três grupos:
“Impressão” – com referência a um modelo naturalista,
“Improvisação” – que pretendiam refletir emoções espontâneas, quando as cores e as formas se comunicam entre si e
“Composição” – o grau mais complexo e elevado, alcançado após longos trabalhos preparatórios.

“Beleza Russa em meio a uma Paisagem” – Wassily Kandinsky, Stadtische Galerie


“Improvisação 6” – Wassily Kandinsky, Stadtische Galerie


“Composição Clara” (1942), óleo sobre tela (73,0 × 92,3 cm).

O desenrolar dos planos é abstrato. A partir de um círculo transparente situado à direita do quadro, Kandisnky constrói o primeiro plano. Por traz dele, duas formas se situam. Uma delas sobrepõe outra, mais geométrica. A forma maior fica por trás dessas duas: quatro planos, então, se desenrolam. Essa sobreposição de planos é incessante e num movimento circular brusco em direção ao plano superior da obra, sua profundidade se organiza. É uma profundidade abstrata iluminada por uma luz clara, sem foco específico...



Do lado esquerdo, “Uma Mulher Feliz” (1922/26), de Francis Picabia, óleo sobre cartão (93,5 × 73,5 cm). Do lado direito, “Paisagem” (1912), de Albert Gleizes, óleo sobre tela (50,3 × 65,4 cm).


Do lado esquerdo, “Composição” (1938), de Fernand Léger, guache sobre papel (55,6 × 45,3 cm). Do lado direito, “Aldeia” (1912), de Jean Metzinger, óleo sobre tela (91,8 × 65,0 cm).


“Mulher de Vermelho e Verde” – Fernand Léger, Paris



Do lado esquerdo, “Composição”, de Roger Bissière, litogravura (44,0 × 34,0 cm). Do lado direito, “Quadro para Jovens” (1943), de Max Ernst, óleo s/ tela (60,2 × 75,5 cm).


Do lado esquerdo, “Noturno Opus 17” (1939), de Honoré Bérard, óleo sobre tela (92,5 × 65,5 cm). Do lado direito, “Germinação” (1942), de André Masson, guache sobre papel (51,3 × 66,5 cm).


Do lado esquerdo, a obra “Namorados no café” (1950/51), de Roger Chastel, óleo sobre tela (161,7 × 97,0 cm), reúne “cubismo-figuração-abstração”. Chastel participou da 1ª Bienal de São Paulo, onde foi premiado.
Do lado direito, “Chama Clara” (1946), de Alfred Manessier, óleo s/ tela (99,8 × 81,0 cm). Manessier também ganhou o 1° Prêmio de Pintura na II Bienal de São Paulo.


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